Você já ouviu a frase “família não se escolhe”? Pois é! Diferente do nosso círculo de amizades ou até de nossos colegas de trabalho, que podem mudar quando encerramos um ciclo para iniciar outro, a família será sempre família e, provavelmente, com quem temos o mais profundo vínculo. Buscando a reconciliação com membros de nossa família e antepassados, a Constelação Familiar pode ajudar a quebrar bloqueios atuais que manifestam hoje em sua vida.
O convívio com nossos familiares nem sempre é fácil e podemos ser diretamente afetados pelo sistema familiar. E, é por isso, que muitos problemas enfrentados hoje podem estar intimamente ligados a padrões repetitivos que passam de geração em geração, criando mágoas e deixando muitas questões mal resolvidas, interferindo, principalmente, nas relações íntimas, de pais e filhos, e até mesmo na maneira de lidar com a saúde, o trabalho e o dinheiro, por exemplo.
É neste contexto que entra a Constelação Familiar, tipo de terapia integrativa que tem como objetivo quebrar esse ciclo e encerrar a dor e o sofrimento causados por esta influência, rompendo os bloqueios do fluxo amoroso de qualquer membro de nossa família, vivo ou não e até de outras gerações.
A constelação familiar também desata bloqueios profissionais e financeiros. Por exemplo, você sabia que a forma como o dinheiro chega até você acontece em virtude da sua relação materna, e a forma como se retém o dinheiro é devido à relação paterna?
Desenvolvida pelo alemão Bert Hellinger, a Constelação Familiar busca identificar e resolver conflitos familiares que geram bloqueios e dores. É através dessa abordagem que podemos entender alguns transtornos desencadeados, principalmente, por nossa dinâmica familiar.Nela, não olhamos apenas para nós e para um sentimento ou emoção isolada, mas somos convidados a observar o todo e como os padrões de nossa família e ancestrais impactam em nossas vivências devido a situações e relações mal (ou não) resolvidas.
Rejeição ou abandono durante a infância; abuso, questões com dinheiro, questões financeiras, problemas profissionais; falta de acolhimento e uma perda muito significativa são algumas situações que podem vir à tona durante a Constelação Familiar e que podem ser trabalhadas para identificar como estão influenciando na atual situação do constelado (a pessoa que leva a questão) e como romper os transtornos causados.
A Constelação Familiar pode ser um caminho de cura, já que reflete em nossa autoestima, autoconhecimento, bem-estar pessoal, relacionamentos e até em nossas vidas profissional e financeira, colocando-nos no eixo de nossa vida e ajudando a conhecer nosso lugar dentro de nossa família. Ou seja, ela pode te ajudar a:
A dinâmica pode acontecer em grupo, com algumas pessoas assumindo o papel dos familiares, ou individualmente, quando o constelado escolhe bonecos para representar cada membro da família e os posiciona em um espaço definido. No meu caso, por exemplo, também trabalho com a constelação familiar na água. Avalio individualmente as melhores opções para cada paciente.
Durante a dinâmica, o terapeuta tem o papel de ajudar o constelado a enxergar quais padrões estão se repetindo para identificar a raiz do problema. Isto porque informações surgem naturalmente durante a sessão através de memórias coletivas.
Na maioria dos casos, uma sessão é o suficiente para o constelado absorver as questões levantadas e trabalhá-las em sua vida de modo a interromper os bloqueios familiares. No entanto, não é indicado levar mais de um tema para a sessão, podendo assim o constelado querer fazer mais uma dinâmica de Constelação Familiar.
Por fim, vale lembrar que tanto na sessão em grupo quanto na individual, são respeitados três conceitos – mais conhecidos como Leis do Amor – que, segundo Hellinger, têm o intuito de trazer mais harmonia e felicidade aos relacionamentos.
1. Lei do Pertencimento: todos os membros têm direito de pertencer ao sistema familiar, sendo que isso se aplica também às crianças abortadas, bebês natimortos e parentes que estejam cometendo algum ato reprovável pelos outros, como o caso de criminosos, dependentes químicos e alcoólatras, pessoas não aceitas por sua orientação sexual, entre outros. É direito de TODOS ter um lugar dentro do sistema familiar, mesmo porque tal reconhecimento impede que outro membro repita a mesma situação.
2. Lei da Hierarquia: é necessário saber o lugar de cada membro dentro do sistema reconhecendo a prioridade dos mais antigos sobre os mais novos. Isto é, a mãe será sempre a mãe, independente de estar ou não presente. Em um caso em que a avó criou o neto, por exemplo, não deve ser impedido que a mãe tenha seu lugar dentro do sistema familiar.
3. Lei do Equilíbrio: essa lei não deve ser aplicada na relação de pais e filhos, mas somente para os membros que estão no mesmo nível hierárquico, como marido e mulher. É necessário que os membros de uma relação sintam um equilíbrio entre o “dar e receber” para que a relação tenha harmonia.
A Constelação Familiar pode contribuir para o seu desenvolvimento em inúmeros aspectos e identificação de limitações, mas também há outras terapias de possível prática. Tudo vai depender da necessidade que você trouxer para mim e com quais métodos você sente mais familiaridade.
A terapia holística não substitui tratamentos médicos. Ela deve complementar as terapias pré-estabelecidas pelos profissionais. Converse com o seu especialista.
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